domingo, 24 de maio de 2009

Manuela Moura Guedes VS Marinho Pinto



Hoje há muitas pessoas a sofrer do que eu costumo de apelidar de “complexo de Diana de Gales”. O complexo de Diana de Gales não é nada mais, nada menos do que usar e se deixar usar pelos média ,segundo as conveniências e necessidades dos intervenientes.
Incomoda-me ver políticos entre outros intervenientes, usarem espaços que se pretendem de informação e esclarecimento para fins de propaganda pessoal.

Admito que tenho uma admiração pessoal por Manuela Moura Guedes, mas não se pense por isso, que posso perder a objectividade e ser parcial. Já estive para a abordar varias vezes e demonstrar-lhe o meu apreço, só não o fiz porque a minha timidez o impediu.

Até posso concordar que o estilo da Manuela Moura Guedes pode ser discutível e polémico, mas confesso que é das poucas pessoas que vejo contrariar o “complexo de Diana de Gales”.
Se a apelidam de agressiva só poderá ser porque faz um jornalismo de perguntas incómodas e pertinentes, não deixando subverter as regras de uma entrevista. Acredito que este tipo de atitude cause manifesto incómodo a determinado tipo de entrevistados, já que muitos gostam de usar estes espaços de antena para manipular os factos para poderem colher os devidos dividendos.

Sabendo do estilo da pivot de informação, referido anteriormente, foi com muita estranheza que ouvi o Dr. Marinho Pinto dizer que aceita o convite para um espaço de informação mediado por uma pessoa, que segundo ele, faz um péssimo jornalismo e a conhece pelos piores motivos, este argumento parece-me no mínimo pouco coerente,como foi aliás todo o seu discurso.

Que me perdoe o Dr.Marinho Pinto porque é uma pessoas com que aprecio,mas do que pude observar segue em rigor aquele velho adágio ,“olha para o frei Tomas, olha para o que ele diz, mas não para o que ele faz”, acusa Manuela Moura Guedes de fazer juízos de opinião e acaba a entrevista a fazer o que ele próprio acaba de criticar.

Se me permitem a conclusão é que se calhar devia haver mais incomodas “Manelas”, talvez os debates políticos e determinadas hipocrisias voltassem a ter menos marketing e mais conteúdo.



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Les Demoiselles d’Avignon, de Picasso ,Atrium Saldanha Natal 2006



Les Demoiselles d’Avignon, de Picasso

Os historiadores de arte tiveram há muito a intuição de que o cubismo, um movimento artístico formalista e geometrizado, poderia ter sofrido a influência da revolução matemática e física que se operava no princípio do século XX.

Les Demoiselles alem de ter sido uma das obras a atingir o preço mais elevado num leilão, é certamente uma das obras mais revolucionárias de Picasso.

Acabada de pintar em 1907 e medindo 2,44 por 2,34 metros, a tela está exposta no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque,o célebre MOMA, onde constitui um dos mais preciosos elementos do acervo do museu. Representa um dos momentos decisivos da arte do século XX e é habitualmente considerada como marcando o nascimento do cubismo.

Através dos cadernos de Picasso e de vários outros testemunhos, sabe-se que o artista meditou longamente na preparação deste quadro. Nos seus esboços, encontram-se inúmeros desenhos, um deles surpreende por ser a projecção de um sólido a quatro dimensões.

Em todos os esboços revela-se uma busca contínua da simplificação de elementos do corpo humano, que se aproximam de figuras geométricas simples.




No trabalho que fiz para Atrium Saldanha desenvolvi esta obra de arte nas várias dimensões, na justaposição das diferentes perspectivas sobre a mesma tela fiz o exercício contrário do autor e ofereci a esta as três dimensões.
Vários fragmentos da pintura em tons de cinzento, prata e preto brilhante açucarado, criam asas e regressam as dimensões captadas pelos nossos sentidos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

CASAMENTOS ENTRE HOMOSEXUAIS


O que me leva hoje a deixar aqui umas breves palavras, tem que ver com o facto de aparentemente ver tantas pessoas preocupadas com o casamento enquanto instituição.
Defendem-no com tal fervor que alguém menos atento até poderia pensar que haveria gente empenhada em extinguir este tipo de união e isto só porque são contra o casamento entre homosexuais .

Numa época em que cada vez existe maior ausência de valores, os divórcios aumentam e este tipo de união demonstra uma importância secundária, este insurgimento contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo , parece-me no mínimo curioso.

Explique-se que se trata de um casamento civil e não religioso, ninguém vai de véu ou grinalda.
Será tão difícil de entender que estes contribuintes querem casar por amor e terem os mesmos direitos que um casal heterosexual!

Não me venham com o chavão que o casamento é uma instituição, ou as mulheres já se esqueceram que também há relativamente pouco tempo não tinham os mesmo direitos no casamento que os homens!

Também não utilizem o argumento ridículo que o casamento existe para as pessoas procriarem, senão pergunto em que categorias se encaixam os casais inférteis ou os que optaram por não ter filhos.

Quantos pais e mães não renegam os seus filhos só porque são homosexuais! …
Que direito têm estas famílias ,que abandonaram os seus filhos , sobre uma pessoa que acompanhou o companheiro nos bons e maus momentos de uma vida?
Eu digo nenhum, pois eu acho que mais importante que o sexo a religião ou a cor da pele é a felicidade.

Óscar wilde sabiamente disse:
Viva pelo prazer! Nada envelhece tão bem quanto a felicidade

segunda-feira, 27 de abril de 2009

ART POP MOVIMENTO ARTÍSTICO/Atrium Saldanha


A Arte Pop surgiu nas cidades de Londres e Nova York como expressão de um grupo de artistas, que procuravam valorizar a cultura popular utilizando os recursos publicitarios e os demais meios de comunicação de massa.
Histórias em quadradinhos, cartazes publicitários, elementos de consumo diário e a nova icnografia, representada pelas estrelas de cinema , da televisão e do rock, passaram a integrar a temática central desta nova corrente .

As actividades desses grupos começaram em Londres por volta de 1961 sob a forma de conferencias, nos artistas, críticos de cinema, escritores e sociólogos ,discutiam o efeito dos novos produtos da cultura popular originados pelos meios de comunicação de massa. De Inglaterra o movimento transferiu-se para os Estados Unidos, onde finalmente se consolidaram os seus princípios estéticos como nova corrente artística.

Nos Estados unidos além das acções dos grupos londrinos, os artistas da camada Pop tiveram como referencia, desde 1950, os chamados Happenings e Environments , onde se fazia uso de todas as disciplinas para criar espaços lúdicos de duração efémera.

A Arte Pop americana desde o inicio mostrou interesse em deixar de lado as abstracções e afirmar-se com uma estética figurativa renovada .

A frieza de expressão das colagens de anuncios publicitários de Rosenquist e os quadros eróticos de Wesselman, próximos dos quadros de Schwitters fazem uma imitação burlesca da nova cultura gráfica publicitária.
Apesar de terem êxito e das suas obras se valorizarem no mercado mundial, estas em nenhum momento foram entendidas que não num plano que não fosse meramente estético , foram criticadas por realizar uma arte eminentemente comercial.

No Pop Britânico os artistas realizaram exposições nas quais os quadros eram verdadeiros mostruários do quotidiano inglês, reflectiam a nostalgia das tradições ,num sentido mais critico e irónico ,quase em tom de humor ,faziam de uma forma grotesca imitação dos hábitos consumistas da sociedade.

ATRIUM SALDANHA NATAL 2002/ARTE POP


Os ” shopping center” oferecem um ambiente confortável e tranquilo que deixa lá fora o calor ou a chuva, proporcionando o caminhar por passeios floridos sem carros com ar climatizado, onde se pratica saudavelmente a convivência das diferenças.
Reúne na verdade uma serie de elementos que o tornam num meio de eleição das classes sociais dos mais variados diferentes níveis económicos e culturais, quer seja para o lazer, convívio ou consumo.
*produção para a revista caras nº385/28 de Dezembro 2002 /produção Abel dias/ Jornalista Abel dias/Fotografo

Esta proposta deu continuidade à filosofia da diferencia que o Atrium Saldanha vinha a marcar nas suas acções, pois só assim acho possível diferenciar-se dos outros centros de grandes dimensões.

A cultura não é monopólio de elites todos nós temos a obrigação de precipitar o despertar de novos interesses através dos mais variados suportes de informação.

Adoptei uma mensagem cultural de linguagem artística acessível.
Não me limitei ir ao renascimento buscar um pintor, fui mais longe ,peguei na imagem do menino do quadro “Madonna col Bambino Benedicente” da autoria de Giovanni Bellini e trouxe-o para o século xx .


Visitei o Museu de Arte Moderna em Sintra de José Berardo e bebi a inspiração num dos movimentos artísticos mais importantes do pós-guerra que se iniciou na década de 50 .Caracteriza-se pelo recurso ao imaginário da sociedade de massas ,tão propensa ao consumo, a Arte Pop. *produção para a revista caras nº385/28 de Dezembro 2002/produção Abel dias/ Jornalista Abel dias/Fotografo

Obviamente não coloquei bigodes na face do menino como Marcel Duchamp fez com a Mona Lisa , deixei-me influenciar por Andy warhol e Roy Liechtenstein.
Nas telas com o menino usei as composições cromáticas de Andy ,nas bolas cobertas de purpurina as pintas do estilo de historia em quadradinhos de Roy, nas entradas nos expositores de acrílico excertos do livro/catalogo “colecção Berardo, Pop Arte & Companhia” ilustrado com fotografias das obras de artes expostas no Museu e textos do critico de arte e sociólogo Alexandre Melo

Desta forma as galerias Atrium Saldanha aliaram a cultura, informação, inovação , estética e simbolismo ao consumismo. Qualquer pedestre que se passeie por este centro tem oportunidade de participar numa decoração de carácter pedagógico. Em suma o pretendido é que o visitante se sinta num espaço harmonioso que preterirá a outros , absorve de forma pedagógica informação e cultura que lhe é própria, sem perder o simbolismo que se pretende representar nesta quadra.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

CAMPNHA DE PRIMAVERA SALDANHA RESIDENCE/Cidade de Lisboa um crime arquitectonico


Se na época em que idealizei e concebi esta campanha com a imagem da minha amiga Cinha Jardim para as Galerias Saldanha Residência, a arquitectura desta cidade já demonstrava danos irreparáveis, hoje infelizmente não esta melhor.
Continuo a não entender esta politica de ordenamento do território da cidade , onde os poderes políticos se revezam e onde todos têm responsabilidades.
Cada partido político que se candidata a cidade de Lisboa apresenta-se sempre como o salvador da mesma. O facto é que ganhando ou não, depois das eleições todos ocupam os seus lugares, acomodam-se e nada fazem.
Será assim tão difícil entender que o modelo de desenvolvimento americano tão preconizado nos anos 80 não se aplica numa cidade europeia como a nossa!...
Dezanove anos passados ainda não percebemos que tínhamos uma das capitais mais bonitas da Europa, que a destruímos e insistimos a assassina-la todos os dias mais um pouco!
Haverá o dia em que acordaremos e a cidade será um local onde só haverá edifícios com formas estranhas aos gritos, de vidros espelhados sem qualquer valor estético.
Interrogo-me porque não aproveitamos o nosso constante atraso e o convertemos em vantagem e aprendemos com os erros dos outros.
As vezes penso se sou eu que sou assim tão inteligente e os outros tão burros? ...
Porque não vêem o óbvio! ...
Infelizmente chego a conclusão que tem mais haver com uma questão de egoísmo, falta de cidadania, interesses pessoais e comerciais.
Só pode!… porque não ha concerteza tanta gente asna a querer delapidar o nosso património…

Campanha Saldanha Residence dia da mãe


Esta campanha foi feita idealizada e concebida por mim para as Galerias Saldanha Residence para celebrar o dia da mãe.

A imagem desta grávida e o surgimento de uma nova vida recorda-me um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.

Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.

Campanha do dia da Criança Saldanha Residence 2004


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Decoração Natal de 2003 Atrium Saldanha


Lemos o clássico de Hoffmann e deixamo-nos embalar ao som da musica de Tchaikovsky, demos vida a algumas das personagens do conto “O Quebra-nozes”, pegámos neste maravilhoso conto e no mundo dos brinquedos, demos-lhe o requinte e magia que o Atrium merece.

Voamos nas asas do sonho ao e da imaginação de todas as crianças, aqui todos nós podemos voltar a ser meninos, pois neste mundo que o ‘’Pedro e o Lobo”criou, existem fadas, príncipes, princesas, reis e rainhas, oficinas de brinquedos, casinhas de chocolate onde podemos escolher ser o Hansel ou a Gretel. A nossa proposta cria um mundo feérico que tem como limite a imaginação.

Diferenciamo-nos pelo requinte de um castelo semelhante do delírio do Rei Ludwing II da Baviera aquando da construção do seu castelo Neuschwanstein.
Um castelo de 6 m que se impõe na praça central guardado por brinquedos, árvores cónicas, bengalas de doces, estrelas e Fadas, todos espalhados pelo centro.

Desta forma à semelhança do ano anterior diferenciamos mais uma vez o centro Atrium Saldanha dos restantes, tornando a decoração do mesmo sempre num acontecimento de sonho e cultura.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Desapareceu na sexta-feira dia 17 de Abril na zona de Loures (Barro).

Cadela arraçada de Labrador, preta e de pêlo curto, desapareceu na sexta-feira dia 17 de Abril na zona de Loures (Barro). Tem cerca de 2 anos e trazia 3 fitas ao pescoço, 2 azuis e uma rosa. É muito meiga e está chipda.
Por favor, dono desesperado.
Tratam-se de uma cadela de um amigo pelo que solicito divulgação pela vossa lista de e-mails ou colocação da foto em blog’s caso tenham.
Pede-se que deixe mensagem neste blog caso a encontre ou ligue para:
91 962 38 74,

Esta historia teve um final feliz,a cadela já foi encontrada.

obrigado a todas pessoas que se enpenharam neste caso

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Susan Boyle - Britains Got Talent 2009

Carregar na imagem para ver o filme

Hoje um amigo enviou-me este vídeo por email com o titulo Lição de vida.
Prontamente acedi com curiosidade e constatei como na maior parte das vezes somos rápidos, levianos e inconsequentes a fazer juízos de valor sobre pessoas e determinadas situações, só porque nos são diferentes das que estamos habituados .
Uma vez mais dei conta como nos limitamos apenas em olhar e a não ver,como podemos ter ouro a nossa frente e apenas enxergar lama.
Este video fez-me recordar o final de um poema da Natália Correia

Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte